Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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terça-feira, 4 de agosto de 2009


As pessoas que não se deixam derrotar pelas agruras da vida, merecem a nossa homenagem. Hoje é a vez de um jovem que frequenta duas universidades, uma no Lobito e outra em Benguela. Trata-se do irmão Dickyamini Bocolo, de 33 anos de idade, Secretário do Conselho-Fiscal do Círculo Rasta Fari de Benguela.

«Eu estou no Direito [Universidade Católica] e estou no Isced. Foi sempre meu sonho, pretendo ser no futuro um jurista, quiçá constitucionalista. Mas como também estou ligado à área das ciências de educação, então, não posso abandonar a educação; quem sabe, um dia possa vir a ter essa chance de ser professor na faculdade de Direito! E essa parte da educação, como é uma vocação, e o Direito, um desejo, e até porque são dois cursos que se complementam, então sigo História e Direito», justifica.Agora no 2º Ano, ele conta apenas com sua motorizada para galgar diariamente os 70 Km que correspondem à ida e volta entre Lobito e Benguela. É caso para dizer que Dickyamini Bocolo é “sinónimo” de vencer desafios.

O seu dia-a-dia é exemplo disso mesmo.«Lecciono de manhã [no bairro do Alto-Chimbuila, na zona alta do Lobito], de tarde estou no Isced [Universidade pública, cidade de Benguela], e de noite estou na Universidade Católica [bairro da Caponte, Lobito]. Então, o que me dificulta mesmo conciliar é a parte de professor com as duas faculdades.

Mas digo que a vida não é fácil, os sacrifícios muitas das vezes são importantes. Há pessoas que podem estar a dizer que “esse gajo vai frustrar-se, é um maluco”. Mas enquanto tivermos fósforo e capacidade intelectual, então, vamos continuar neste desafio».

De seu completo Dickyamini Sebastião Bocolo Rodrigues é natural da Ingombota, Luanda, residindo em Benguela há 13 anos. Por cá constituiu família, sendo pai de três filhos. Foi também em Benguela que Dickyamini aderiu ao Círculo Rastafari de Benguela.«Assim que cheguei, aderi logo ao movimento rasta-fari, que era já um sonho fazer parte desta família revolucionária, uma família de jovens que decidiu apoiar o progresso social. Desde aí, fui ascendendo a determinados cargos. Comecei como secretário para actividades do Círculo Rastafari de Benguela, depois fui para secretário para relações públicas. Em 2000 fui eleito como secretário executivo. De 2001 a 2002, tivemos uma outra eleição, onde fui reeleito, pelo trabalho que fui prestando ao CRB».Amigo da música, do teatro e da literatura, Dickyamini é também professor do ensino primário há cinco anos.

No entanto, reconhece que nem sempre um rasta é bem encarado pela sociedade.«Ao longo da minha trajectória como activista, tive algumas dificuldades com a minha inserção social por ser membro de uma comunidade que ainda, em alguns círculos sociais, é discriminada, a comunidade rastafari. Mas soube sempre mostrar às pessoas que a revolução não se faz com os fracos. E até hoje, àquelas pessoas que fazem de mim um “monstro”, tenho também feito o possível esforço de transmitir que a vida não é fácil».Só nos resta reforçar os votos de êxitos ao batalhador, esperando muito sinceramente que a defesa de tese não seja agendada para o mesmo dia, já que a lei da física não permite estar em dois lugares no mesmo instante. Até lá, irmão Dickyamini, força!

Texto e Imagem frutos do incansável trabalho de pesquisas de Nosso Amigo Markus Falcão que com seu aguçado instinto vem colaborando incessantemente pela nossa causa de mostrar os valores e cultura do povo Africano. Jah te Abençôe irmão.

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