Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lee Perry


O músico, produtor, vocalista e poeta Lee Perry, alcunha de Rainford Hugh Perry, nascido em 1936 no vilarejo de Kendal, no interior da Jamaica, é um dos gigantes da música e sua história está diretamente ligada ao desenvolvimento dos principais estilos da sonoridade jamaicana.

Perry iniciou a carreira no final dos anos 50 quando foi trabalhar no Studio One de Coxsone Dodd, lendário produtor que, no início dos anos 60, comandou as gravações das primeiras canções de reggae. Em meados da década de 60, ele era um misto de mensageiro, técnico de som, compositor, deejay, segurança e também vocalista, mostrando todo seu ecletismo e criatividade.

Após brigar com Dodd depois de 7 anos de trabalho juntos, Perry foi trabalhar com outro produtor, este com bastante dinheiro, Joe Gibbs. Perry passou a comandar o selo de Gibbs, conseguindo alguns hits com suas produções, entre elas uma música onde fazia acusações diretas ao seu ex-patrão, dando mostras do seu gênio terrível e da sua forte personalidade. Não se entendendo com Gibbs, resolveu criar seu próprio selo, Upsetter. Ali Perry recrutou alguns músicos e montou uma banda de estúdio: The Upsetters.

Criado em 1968, The Upsetters incluia os irmãos Family Man e Carlton Barret no baixo/bateria, o guitarrista Alva Lewis, o tecladista Glen Adams e Max Romeo nos vocais. Em 1969 Perry emplacou um reggae instrumental na Inglaterra inspirado nos faroestes europeus estrelados por Franco Nero e Clint Eastwood: "Return of Django", o que rendeu seis semanas de shows dos Upsetters em solo britânico. Foi justamente nessa época que os caminhos de Lee Perry se cruzaram com os de Bob Marley, em termos profissionais, visto que eles já se conheciam dos tempos do ska, tendo ambos trabalhado com Coxsone no Studio One. Os dois gravaram algumas canções que marcariam depois a carreira de Marley como "Kaya".

As coisas estavam mudando na emergente cena reggae jamaicana, por causa do aparecimento de novos selos e produtores independentes, como Perry, que punham em xeque o reinado dos dois maiores produtores até então, Coxsone e Duke Reid. Os Wailers (Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer), que estavam sem produtor depois de terem feito sucesso e brigado com Coxsone, acabaram topando com Lee Perry.

Entre 1969 e 1970 as coisas funcionaram bem, mas em 1971 a ligação entre Lee Perry e os Wailers originais desandou. Tratando-se de personalidades fortes, foi até natural o rompimento da relação de amor e ódio que se estabeleceu entre eles, em meio à acusações mútuas. Apesar disso Perry trabalharia com Marley esporadicamente ao longo dos anos subseqüentes, como na gravação do importante compacto "Jah Live" e na concepção do álbum "Rastaman Vibration", além de outras produções que só agora vieram à tona, como a bela "I know a Place".

Com o fim da revolucionária parceria com os Wailers, Lee 'Scratch' Perry começou a construir um estúdio nos fundos de sua casa que viria a se chamar Black Ark, que ficou de pé de 73 à 79, sendo um pólo na nata musical jamaicana. A partir de instrumentos eletrônicos precários, Perry colocava efeitos como eco e linhas de baixo graves em canções de reggae, dando a forma do que é conhecido hoje como Dub. É dele o importante disco "Blackboard Jungle Dub".

A Black Ark foi uma potente usina musical, sob o comando de seu tresloucado construtor/comandante. O som do Scratch e de sua confraria marcou época com produções inovadoras e à frente do seu tempo.

Fonte de Pesquisa Reggae Massive
Adaptado e resumido por Elsy Myrian

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