Província de St. Ann - Jamaica: Ali começava a saga de um dos maiores ícones da música mundial de todos os tempos. No dia 6 de fevereiro de 1945 nascia Robert Nesta Marley, ou simplesmente Bob Marley, aquele que mais contribuiu para difusão do reggae pelo mundo.
Bob viveu na pequena St. Ann até 1957, quando se mudou para Trenchtown, um bairro muito pobre de Kingston. Lá, encontrou uma realidade árdua, marcada pela pobreza e pela violência. Foi nesse contexto social que o rei do reggae cresceu e colheu a inspiração para algumas de suas principais canções.
No final de 1961 ele se juntou ao seu meio irmão Bunny Livingston, que depois viria a ser conhecido como Bunny Wailer, e a Winston McIntosh, que ficaria famoso como Peter Tosh. Estava formado o Wailing Wailers, que contava ainda com mais dois cantores.
A primeira canção do grupo foi "Judge Not", lançada pelo selo de Leslie Kong, um comerciante chinês que começava a investir no mercado fonográfico. Leslie apostava em jovens artistas jamaicanos e, entre seus contratados, figuravam Desmond Dekker e o ainda adolescente Jimmy Cliff. "Judge Not" só foi tocada pelos alto-falantes de carros que circulavam pelas ruas de Kingston, chamados de "sound systems", uma espécie de discoteca ambulante.
Depois dessa primeira experiência no mundo da música, ainda ao lado de Bunny Wailer e Peter Tosh, Bob grava no Studio One, maior estúdio de gravação da Jamaica, o hit "Simmer Down". Misturando o ska, ritmo proveniente do rhythm'n'blues norte americano, a uma letra que se apropriava da linguagem utilizada pelos "rude boys". Logo, a canção passou a ser uma espécie de hino entre grande parte da juventude jamaicana.
O termo "rude boy" se aplicava a uma parcela dos moradores de Trenchtown e de Concrete Jungle, duas das principais favelas de Kingston, para se referir aos malandros "barra-pesada" dessas áreas. Eles andavam armados, e na maioria das vezes, estavam "alterados". Ouviam ska e adoravam provocar confusões em geral.
O sucesso de "Simmer Down" teve um efeito paradoxal na carreira de Bob Marley e dos Wailers. Por um lado, o grupo passava a ser um dos mais prestigiados entre os jovens jamaicanos. Por outro lado, os Wailers também passaram a ser associados aos "rude boys", já que a linguagem utilizada na música era própria dos famigerados malandros jamaicanos.
A partir daí, os Wailers encontraram dificuldades para ter suas músicas executadas pelas rádios locais. Elas argumentavam que as músicas eram feitas por "rude boys" rastafáris, dois segmentos sociais muito marginalizados durante as décadas de 60 e 70 na Jamaica.
Assim, Bob Marley e seus aliados tiveram que apelar para "métodos alternativos", para que suas músicas fossem tocadas pelas rádios jamaicanas. Muitas vezes, os pára-brisas dos carros dos DJs das rádios eram quebrados, caso eles não tocassem as canções dos Wailers. "Essas são as leis da sobrevivência na Jamaica", já dizia Jimmy Cliff.
Apesar do preconceito dessas rádios com relação à música dos Wailers, o grupo tornava-se cada vez mais popular na Jamaica e se constituía como a maior expressão musical entre os jovens da ilha caribenha. Logo os Wailers passaram a ser conhecidos em terras estrangeiras, graças a produtores que vislumbraram o grande potencial desse fenômeno musical jamaicano.
Com o passar do tempo, desentendimentos e o desgaste devido ao avassalador sucesso do grupo, fizeram com que cada um dos três principais integrantes dos Wailers se separassem. Peter Tosh e Bunny Wailer partiram em carreira solo e Bob Marley passou a ser a principal voz em discos antológicos feitos com os remanescentes do grupo.
Apesar dessas mudanças, os ideais e o conteúdo das letras escritas pelo rei do reggae se mantiveram e até se intensificaram. "A gigantesca projeção de Bob vem da qualidade de sua obra e da inteligência e abrangência de suas letras atentando ou relembrando a todos valores éticos, morais e de convívio social. Tudo isso misturados às gírias jamaicanas e a religiosidade (Rastafarismo). Esse caldeirão foi transformando em uma linguagem musical de compreensão universal. Bob atentava a todos sobre a necessidade de paz, união racial, amizade e fraternidade. Ele é um dos maiores ícones mundiais em aspectos musicais e sociais", comenta Carlos Contartesi.
A morte de Bob em 11 de maio de 1981 (aos 36 anos de idade), devido a um câncer generalizado que se desenvolveu a partir de um ferimento no pé, não foi suficiente para calar os ideais desse mito. Sua música e suas idéias continuam vivas e são eternizadas de geração em geração.
Bob viveu na pequena St. Ann até 1957, quando se mudou para Trenchtown, um bairro muito pobre de Kingston. Lá, encontrou uma realidade árdua, marcada pela pobreza e pela violência. Foi nesse contexto social que o rei do reggae cresceu e colheu a inspiração para algumas de suas principais canções.
No final de 1961 ele se juntou ao seu meio irmão Bunny Livingston, que depois viria a ser conhecido como Bunny Wailer, e a Winston McIntosh, que ficaria famoso como Peter Tosh. Estava formado o Wailing Wailers, que contava ainda com mais dois cantores.
A primeira canção do grupo foi "Judge Not", lançada pelo selo de Leslie Kong, um comerciante chinês que começava a investir no mercado fonográfico. Leslie apostava em jovens artistas jamaicanos e, entre seus contratados, figuravam Desmond Dekker e o ainda adolescente Jimmy Cliff. "Judge Not" só foi tocada pelos alto-falantes de carros que circulavam pelas ruas de Kingston, chamados de "sound systems", uma espécie de discoteca ambulante.
Depois dessa primeira experiência no mundo da música, ainda ao lado de Bunny Wailer e Peter Tosh, Bob grava no Studio One, maior estúdio de gravação da Jamaica, o hit "Simmer Down". Misturando o ska, ritmo proveniente do rhythm'n'blues norte americano, a uma letra que se apropriava da linguagem utilizada pelos "rude boys". Logo, a canção passou a ser uma espécie de hino entre grande parte da juventude jamaicana.
O termo "rude boy" se aplicava a uma parcela dos moradores de Trenchtown e de Concrete Jungle, duas das principais favelas de Kingston, para se referir aos malandros "barra-pesada" dessas áreas. Eles andavam armados, e na maioria das vezes, estavam "alterados". Ouviam ska e adoravam provocar confusões em geral.
O sucesso de "Simmer Down" teve um efeito paradoxal na carreira de Bob Marley e dos Wailers. Por um lado, o grupo passava a ser um dos mais prestigiados entre os jovens jamaicanos. Por outro lado, os Wailers também passaram a ser associados aos "rude boys", já que a linguagem utilizada na música era própria dos famigerados malandros jamaicanos.
A partir daí, os Wailers encontraram dificuldades para ter suas músicas executadas pelas rádios locais. Elas argumentavam que as músicas eram feitas por "rude boys" rastafáris, dois segmentos sociais muito marginalizados durante as décadas de 60 e 70 na Jamaica.
Assim, Bob Marley e seus aliados tiveram que apelar para "métodos alternativos", para que suas músicas fossem tocadas pelas rádios jamaicanas. Muitas vezes, os pára-brisas dos carros dos DJs das rádios eram quebrados, caso eles não tocassem as canções dos Wailers. "Essas são as leis da sobrevivência na Jamaica", já dizia Jimmy Cliff.
Apesar do preconceito dessas rádios com relação à música dos Wailers, o grupo tornava-se cada vez mais popular na Jamaica e se constituía como a maior expressão musical entre os jovens da ilha caribenha. Logo os Wailers passaram a ser conhecidos em terras estrangeiras, graças a produtores que vislumbraram o grande potencial desse fenômeno musical jamaicano.
Com o passar do tempo, desentendimentos e o desgaste devido ao avassalador sucesso do grupo, fizeram com que cada um dos três principais integrantes dos Wailers se separassem. Peter Tosh e Bunny Wailer partiram em carreira solo e Bob Marley passou a ser a principal voz em discos antológicos feitos com os remanescentes do grupo.
Apesar dessas mudanças, os ideais e o conteúdo das letras escritas pelo rei do reggae se mantiveram e até se intensificaram. "A gigantesca projeção de Bob vem da qualidade de sua obra e da inteligência e abrangência de suas letras atentando ou relembrando a todos valores éticos, morais e de convívio social. Tudo isso misturados às gírias jamaicanas e a religiosidade (Rastafarismo). Esse caldeirão foi transformando em uma linguagem musical de compreensão universal. Bob atentava a todos sobre a necessidade de paz, união racial, amizade e fraternidade. Ele é um dos maiores ícones mundiais em aspectos musicais e sociais", comenta Carlos Contartesi.
A morte de Bob em 11 de maio de 1981 (aos 36 anos de idade), devido a um câncer generalizado que se desenvolveu a partir de um ferimento no pé, não foi suficiente para calar os ideais desse mito. Sua música e suas idéias continuam vivas e são eternizadas de geração em geração.
fonte: http://www.musiconline.com.br/bio-alfabeto1.php?codigo=56&artist=bob_marley
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