Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

Seguidores

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

George Michael Henry - Ras Micheal




George Michael Henry, mais conhecido por Ras Micheal, nasceu em Kingston, a fervorosa capital Jamaica, onde absorveu desde muito cedo a doutrina Rastafari. Ainda criança, Ras frequentava as comunidades de Rastafarianismo de Salt Lane, Dungle, Oxford Street, Trenchtown entre outras várias favelas que compunham o cenário numa época onde os olhos do mundo ainda não estavam voltados para a cultura. Filho de mãe cristã devotada, Ras Micheal cresceu em meio aos religiosos. Teve seu primeiro contato com a percussão ainda bem novo. Bastou o primeiro rufar dos tambores para que nosso pequeno prícipe (Ras na língua amárica significa príncipe) nunca mais a largasse. Sua legendária personagem percussiva é tida com uma das mais voláteis dentro do universo jamaicano. Porém foi com a “burra” de Nyabinghi que Ras tornou-se um mito. Nyabinghi é um conceito filosófico abstracto que se insere no contexto Rastafari e tem como fundamento a propagação da cultura rasta através da música e tradição oral. É o estilo de música rastafari mais indígena. O termo Nyabinghi tem duas possíveis origens, uma delas vem do leste africano e está relacionada com o culto da resistência ao domínio colonial na ultima década do século XIX. Segundo o Prof. Dr. Leonard Barret, um catedrático de religião nos Estados Unidos, o termo Nyabinghi era o nome de uma Princesa no Ruanda que foi assassinada pelos colonos por ter resistido ao regime colonial. Depois da sua morte surgiu uma corrente que originou um culto que tinha como base a crença que o espirito da princesa iria salvá-los da opressão. O uso da marijuana (ganja) faz parte dos hábitos dos Nyabinghis que acreditam no poder da erva como um bem essencial para se ter uma vida saudável e longa. Nyabinghi é o mais importante encontro (congregação) dos rastas porque envolve todos os membros da ilha (Jamaica). É comparado a um congresso e pode durar de um a três dias e por vezes até mesmo uma semana. O ambiente vivido nestes encontros está carregado de fumo da erva sagrada (ganja) e o som dos tambores aquece o ambiente onde reina uma onda de espiritualidade com muita Paz e Harmonia. O encontro Nyabinghi é estruturado e organizado de modo a que cada membro ocupe o seu lugar e cumpra a sua função. Temos o homem Nyabinghi, a mulher Nyabinghi, o tambor, o solo/espaço onde o encontro ocorre, o tabernáculo e a fogueira. Os tambores Nyabinghi são tocados unicamente por irmãos rastafari, "homem Nyabinghi" durante as horas dos cânticos. Um não rasta "bald head" não tem permissão de tocar os tambores. Ras Michael junto com o Count Ossie foram os principais percussionistas do Nyabinghi e o primeiroa trazer o som de África e o tambor do Nyabinghi ao estúdio de gravação, para posteriormente misturá-lo com o reggae e o jazz. Nos final dos anos 60, Ras Michael deu forma Sons of Negus, a um grupo rastafariano de percussionistas e cantores, onde participou entre outros KIDDUS I. Também nessa mesma época, fundou seu selo In Zion, que continua lançando a maioria de seus trabalhos . Ras Michael foi também o primeiro rastafari a ter um programa do rádio do reggae em Jamaica, este que foi ao ar em 1967 com o nome de Leão De Judah. Dentro do mundo do reggae, cujo no núcleo é a celebração das raízes e da cultura africana, o nome Ras Michael tem sido por muito tempo sinônimo para o rufar tradicional dos tambores, para a dança e para as orações dos Nyabinghis. “Wadada” - amor na língua amárica - é palavra favorita de Ras, e Wadada é no que a música de Ras Michael & Filhos do Negus é toda baseada. Ras Michael é um patriarca verdadeiro do reggae, entre os mais puro de suas fontes, de um conciência (musical e espiritual) constante e um exímio cotinuador da cultura. Não há nenhum artista vivo como Ras Michael, que detêm tamanha importância para a cultura rastafari nos tempos de hoje em que a Babilônia toma conta de toda a esfera.

________________________



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nossas postagens são feitas através de pesquisas na Internet, dando os devidos créditos de origem. Aceitamos colaboração e sugestão através do email: elsymyrian@hotmail.com

Total de visualizações de página

Contador de postagens e comentários

Estatística deste blog:
Comentários em Postagens
Widget Templates e Acessórios

Arquivo do blog

Tecnologia do Blogger.