Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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terça-feira, 9 de novembro de 2010

"Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...

"Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar...
 

 
...por isso não devemos chorar pelo que foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre".

 
Bob Marley

 

 

 
Como falar de paz, amor e união sem cair na mesmice política ou panfletária das pessoas politicamente corretas? Como levantar a bandeira contra violência, o ódio e toda e qualquer forma de intolerância sem que esta bandeira seja uma forma de apenas merchandising? Talvez através da música; com certeza através de qualquer forma de expressão artística. Contudo, uma voz intensa e cheia de carisma pode consideravelmente acalmar e até mesmo amansar corações endurecidos por um mundo que prega apenas a competição e o sucesso como objetivos de vida. Assim, era a voz de um dos maiores artistas latino-americanos, capaz de falar de amor, respeito e paz sem jamais tornar suas melodias melosas ou insossas. A voz nascida com o nome de Robert Nesta Marley, era um jamaicano de pouco mais de 1,60m de altura, no entanto, competente em seu objetivo que era transformar música em protesto pacífico.

 

 

 
Bob Marley veio ao mundo em 06 de fevereiro de 1945 numa pequena vila de nome Nine Mile, interior rural da Freguesia de St. Ann, norte da Jamaica. Filho de Norval Marley, um militar branco inglês, e de Cedella Booker, uma adolescente jamaicana, Marley teve por pouco tempo a presença da figura de seu pai em casa. Norval e Cedella vieram a se separarem um dia após o casamento ficando a educação do garoto a cargo apenas da mãe. Esta trabalhava como doméstica para pagar os estudos do filho, que, após a morte do pai em 1945, mudou-se para um bairro pobre de Kingston. Bob Marley sofrera muito nesta fase com o preconceito de ser filho de um branco com uma negra. Era discriminado tanto pelas pessoas de uma etnia quanto pelas da outra, buscando, ao que parece, refúgio e inspiração na música.

 

 

 
Precursor do reggae, fundou junto com Peter Tosh e Bunny Wailer a banda The Wailers, obtendo um sucesso tão grande que o lançaria, junto com a banda, em âmbito internacional. O que fez com que o ritmo jamaicano conhecido como reggae fosse afinal, aceito fora de seu território bem como suas raízes como o ska (estilo musical que combina elementos do calypso e do mento com o jazz e o rhythm and blues norte-americano). Era um ruptura com as músicas tradicionais e, ao mesmo tempo, um miscigenação mostrando a criatividade de Bob Marley e companhia.

 
Fora nessa época que ele começou a professar o Rastafarismo (movimento religioso que prega o retorno dos negros à terra natal de seus antepassados, a África), empenhando-se em divulgar as mensagens da religião em suas letras e músicas. E em 1975, Bob Marley lançou a canção que lhe daria fama internacional, "No Woman, No Cry".

 

 

 
O mais importante em se compreender a história desta figura talvez não seja através das associações, muitas vezes, pejorativas que se fazem em relação a Bob Marley e a seus seguidores, sejam estes artistas, fãs ou adeptos da mesma religião que ele professou. O que deve-se perceber é a mudança que ocorreu através deste músico de origem latina-americano, mestiço, vindo de um dos paises mais pobres de todas as Américas. Bob Marley mostrou que música de qualidade, que fale de paz não é nem política nem chata. O reggae veio através deste homem e daqueles que mostravam a mesma índole que ele, que muitas vezes vale muito mais cantar o amor do que fazer a guerra, viver em paz do que com ódio. Quando em 1976, dois dias antes de um show gratuito que faria, Marley fora alvo de uma tentativa de assassinato, ninguém esperava que ele fosse ainda fazer a apresentação. Mas ele foi, e explicou que o faria porque se as pessoas ruins não descansavam, quem quisesse fazer o bem também não podia parar.

Infelizmente, Bob Marley veio a falecer no dia 11 de maio de 1981, cinco anos depois de gravar seu álbum mais famoso, "Exodus". Mas seu legado permanece vivo e cheio de energia, mesmo após vinte e nove anos sem sua presença física. O reggae encontra adeptos nos mais diferentes grupos, pois não busca rostos, mas almas que falem do prazer de se viver e da alegria que é compartilhar esta vida com quem amamos.

 
Bob Marley foi uma figura controversa. Um ser humano tão cheio de defeitos quanto de qualidades como qualquer outra pessoa. Contudo, hoje, ao lembrar-se de seu aniversário de nascimento deve-se pensar que através de sua habilidade musical ele fez uma boa ação pela humanidade: criou músicas para celebrar a vida, para protestar contra o que houvesse de ruim e, principalmente, sempre nos fará refletir sobre o que fazemos hoje de bom por nós e por aqueles a quem queremos bem.

Bob Marley vive e com ele, o reggae!

 
Por Cristiane Vieira

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