Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Um Paraiso chamado Jamaica


Ainda existem lugares no mundo onde os bem-vindos excessos da natureza ainda não conheceram os indesejáveis excessos da indústria do turismo. A Jamaica já experimentou as delícias desse anonimato, quando, nos distantes anos 50 e 60, servia de playground apenas para abastados caretas norte-americanos. As agências de turismo vendiam nas páginas das revistas ianques a imagem de uma ilha cheia de candura e hospitalidade, enquanto, na sombra, a polícia travava uma luta inglória contra os rude boys, uma jovem e desorganizada confraria de revoltados cidadãos, que brigava contra tudo e todos que representassem a exploração e o imperialismo. Engrossando o cordão dos inconformados, apareciam alguns rapazes de imensos cabelos carapinha, se dizendo inspirados na Bíblia para fazerem a revolução. Figuras incomuns e exóticas o bastante para serem apontadas como responsáveis pelas delinqüências do dia-a-dia. Tomando emprestada a história dos judeus das escrituras - escravizados, sem o virtual direito de terra e de pátria, à espera de um messias salvador , milhares de jovens jamaicanos deixaram o interior da ilha ao longo dos anos 50, tomando Kingston, a capital, dispostos a acelerarem as mudanças anunciadas pelos profetas. Muitos se perderam rapidamente, entre exageros nas drogas e na violência. Outros recorreram à Bíblia. levando alguns dos preceitos sagrados ao pé da letra, como aquele dos Salmos: "Entoai cânticos ao Senhor..." E assim eles correram por fora. criando o reggae, uma síntese rítmica e melódica admirável, que mostrava ainda mais brilho nos poemas simples e bem cantados. Uma mistura de idéias libertárias e cenas de romance, picardia de rua com rasgos empolgados de adoração religiosa. A partir de 72, a música desses rapazes de cabelo grande começou a ganhar o mundo. E a Jamaica, que quase ninguém sabia onde ficava. virou vedete no mapa-múndi. Já faz muito tempo, o turismo é a segunda maior fonte de riquezas do país, atrás apenas da bauxita.Os cabeludos jamaicanos, outrora um problema para os agentes de turismo, hoje são cartão-postal. O Reggae Sunsplash Festival, a mais empolgante maratona do ritmo jamaicano, é responsável por uma invasão de gringos, vindos dos mais diversos lugares do mundo, decididos a aproveitar tudo que essa disneylândia alternativa tem para oferecer. Apesar das agressões constantes que a exploração da bauxita vem causando à natureza, a Jamaica ainda é um paraíso: 2,3 milhões de habitantes, praias incríveis ao longo de toda a costa, um sol incansável o ano todo, montanhas de muito verde e ar fresco nos rincões interioranos. O melhor, contudo, é o sururu de gente que a ilha tem. Uma observação livre e crua da sociedade jamaicana dã a medida redonda da confusão: TFJ (Tradicional Família Jamaicana) - senhores e senhoras enormes, vestidos à moda dos anos 50. com uma destemperada preferência por cores escandalosas (laranja, vermelho, lilás), metros de babados nas golas de camisa das mulheres e chapéus imprevisíveis na testa dos homens. 0 marido trabalha no mesmo emprego há anos, a mulher cuida da casa e dos filhos. O casal ouve os clássicos da música romântica (Nat KingCole, às vezes um Ottis Redding), viaja pelo Caribe, compra utensílios de cozinha em Miami e não perde os programas de rádio com as pregações dos pastores americanos. Boops - filhos da TFJ. Meninos e meninas seduzidos pela cultura yuppie dos Estados Unidos e Inglaterra, fãs de Michael Jackson e Lionel Richie, sonhando em deixar o país na primeira oportunidade. Gostam de esportes, especialmente os mais competitivos, estudam até a universidade e normalmente conseguem comprar um carro de estilo para esnobar a vizinhança. Com perseverança e alguma sorte, podem se transformar em yuppies de verdade. Jamaican Yuppies - a mais requintada fatia da sociedade da ilha, formada por alguns bem preparados profissionais da área de negócios e empreendimentos. Freqüentam a ponte aérea Kingston-Nova York- Londres com regularidade, moram em suntuosas mansões nas colinas ao redor de Kingston, mandam os filhos estudar fora, respiram ar-condicionado 24 horas por dia e se vestem com elegância irretocável. Família Rural o mais legítimo exemplo da estrutura social jamaicana que, apesar do nome, também pode ser encontrada na capital e nas cidades mais populosas. O sistema é matriarcal, herdado da tradição africana. Quem cuida das crianças é principalmente a avó materna, depois a mãe, em alguns casos com a ajuda do tio (irmão da mãe). Muitas vezes, um homem tem filhos em lares diferentes (pode parecer estranho à nossa formação ocidentalizada e besta, mas funciona muito bem. assim na Africa como na Jamaica). Nessa estrutura encontraremos a bem-intencionada cultura rastafari, e, paradoxalmente, a discutida casta dos hustlers, jovens criados nas calçadas, vivendo eternamente entre a cruz e a espada: ou trabalham fazendo biscates, especialmente nas temporadas gordas do turismo, ou se entregam ao submundo das drogas e do crime organizado. Para pôr ordem - ou desordem - em tudo isso, dois partidos políticos fazem uma guerra civil de cinco em cinco anos, brigando pelo poder. De um lado. a direita do JLP, de Edward Seaga. alinhada com pontos e vírgulas à política da Casa Branca; de outro, o socialismo inofensivo do PNP, apoiado no caudilho Michael Manley, atual Primeiro-Ministro. Para ganhar uma eleição, não hã como escapar das máfias da droga e do comércio ilegal de armas. que controlam os guetos urbanos e parte maciça das comunidades rurais, com ramificacões absurdamente lucrativas em Miami e Nova York. Mesmo acuada por uma inflação crescente, com os índices de desemprego sempre em marcha. a juventude da Jamaica nào perde o bom humor. Tudo vira reggae. em velocidade de jornal. Gravar um disquinho, um compacto simples, é algo acessível à maioria dos descamisados. Com um mínimo de talento e algumas doses de sorte. qualquer um pode se transformar num Shabba Ranks ou Ninja Man da noite para o dia, o suficiente para tirar a barriga e as costas da miséria. Nesse círculo delicioso, a Jamaica segue impávida e retumbante, chacoalhando o mundo com sua música, atraindo turistas para passear de jet-ski e provar as melhores ervas nativas. E ela toma de volta tudo o que levararm durante séculos de exploracão colonialista. Os rastas. os verdadeiros rastas, estão cada vez mais distantes dessa balbúrdia babilônica. Eles aguardam tranqüilos o final dos tempos e a redenção dos justos. Está tudo na Bíblia. No problem.


desconheço o autor do texto retirado de pesquisa na internet


Imagem google pesquisa

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