Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Saudades

Um perfume, uma cor, sabores enfim, nossos órgãos sensoriais nos remetem ao nosso passado, trazendo de volta momentos felizes e outros nem tanto. Tenho sentido uma saudade imensa de meu pai esses dias últimos, o cheiro de tabaco do seu cachimbo vem até mim numa tênue lembrança, mas isso não é freqüente, a transição dele foi tranqüila estávamos em paz e bem resolvidos quando ele partiu. A personalidade dele era marcante, passional ao extremo ia da fúria a ternura em segundos, mas seu afeto especial era meu, sou filha única e como tal portadora de seus anseios e preocupações também. Frequentemente divergíamos éramos parecidos demais e em nossas discussões principalmente sobre política ai pegava fogo, eu não cedia ele menos ainda, mas depois vinham os afagos e tudo ficava bem. Eu ansiava pelas minhas férias com intuito de viajar correndo ao encontro dele em Belém do Pará, e ficávamos colados dias inteiros largatixando em nossas redes falando da família dos ancestrais, e nas ultimas vezes que estive lá sofri muito, pois vitima de um derrame ficou com seu intelecto fantástico, bem limitado. Mesmo assim ia ao seu limite físico e mental para me ver feliz, quando eu despertava pela manhã, ele já estava voltando da feira do Ver-o-Peso onde ia comprar as iguarias do meu agrado típicas da região norte sem esquecer o jornal que sempre líamos juntos, hábito este desde minha infância. Eu notava que ele fazia um esforço supremo, mas se sentia feliz ao ver meu sorriso de gratidão. Tenho lembrado muito dele ultimamente talvez porque nunca mais recebi dedicação, desvelos e cuidados de alguém com sinceridade e devoção incondicional. De minha convivência com minha mãe pouparei detalhes foi e ainda é conflituosa. Procuro imaginar como ele agiria ou o que me aconselharia quando a inquietude me aperta o peito e sufoca a alma, sua sabedoria e inteligência, nortearam meus caminhos e através de meus filhos dou continuidade ao que aprendi com seu exemplo de vida, força, amor, honra e coragem.
Elsy Myrian Pantoja
Imagem pesquisa Google

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