Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os tambores que falam


Em toda a África negra, o tambor, além de ter uma função musical, foi, e é, um dos principais meios de comunicação social. Se é tocado numa colina, o som de um tambor pode ser escutado numa área de quarenta quilómetros. Para que seja mais eficaz a transmissão da mensagem, é frequente o toque dos outros tambores intermédios cada sete ou dez quilómetros.

Na tradição cultural europeia criou-se a ideia estereotipada de que entre os povos africanos os tambores seriam um instrumento de guerra. Esta é uma ideia equivocada. Os tambores são um meio de comunicação que permite às pessoas comunicar entre si novidades importantes, através deles apela-se à solidariedade e ao trabalho em conjunto na reparação de uma ponte ou de uma estrada ou ainda a limpeza de um rio ou um lago, e são usados também com a finalidade de convocar a comunidade para as reuniões ou para as celebrações rituais.
Para se ser mais exactos, os tchreman (tambores que falam), mais do que emitir sons, pronunciam palavras, porque quem os toca fá-lo para transmitir notícias, conta histórias e narra as gestas heróicas dos antepassados.
Ao longo da história de África, os tambores substituíram os livros e as pessoas que os faziam soar eram muito sábios, eram verdadeira e autenticamente bibliotecas vivas.
O africano distingue os “tambores que falam” daqueles que são usados só como instrumentos musicais. Os tchreman são utilizados unicamente nas celebrações oficiais e a pessoa que o toca é um “consagrado” a este serviço, enquanto que os outros são instrumentos “profanos”, e podem ser tocados em qualquer ocasião e por qualquer pessoa. O próprio termo tchreman indica contemporaneamente o tambor e aquele que o toca. Entre os dois existe uma união indissolúvel. Tchre significa ensinar, indicar e educar; man significa povo, nação, grupo ou assembleia. Assim, tchreman indica um indivíduo que educa e instrui o povo.
Cada uma das partes do tambor é um elemento vivo, insubstituível e, antes de iniciar a transmissão da mensagem, o homem que o fará soar invoca o “espírito” de cada uma das partes. Em primeiro lugar, agradece à árvore, porque deu o seu tronco para construir a caixa de ressonância. Em seguida, agradece ao animal, que ofereceu a sua pele, com a qual foi feita a membrana. Agradece ainda à liana, a partir da qual se fizeram as cordas e assim sucessivamente, até agradecer ao osso, que, batendo sobre a pele, cria o som e a mensagem. Se faltasse um dos elementos, o tambor não era completo, e por isso não poderia falar.
Os elementos que fazem com que o tambor fale são três: a mão do tocador, as varetas curvas e a pele. As palavras saem do tambor sob a forma de som e os seus diferentes significados dependem da pressão e dos ritmos do toque. Logicamente, para entender a mensagem é preciso ter algumas lições de “linguagem de tambor”.

Gianni Albanese
Imagem disponibilizada na internet

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