Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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sábado, 3 de outubro de 2009

Doubstereo Sound



       DUBSTEREO SOUND, "TROPICALL RIDDIM"
foto de dubstereo em 27/09/08
(foto: Charles Ventura)
         Apesar da aparente falta de união na cena do reggae nacional (em raros casos, não só aparente, mas isso é assunto para outra conversa...), as parcerias presenteiam o público com criatividade e qualidade, indicando que a profissionalização das sound systems e coletivos brasileiros é também resultado da troca de idéias e conhecimento entre os que defendem a música acima de qualquer outro interesse. Afinal, o amante do bom som jamaicano conhece e exige cada vez mais, e os músicos e seletores respondem com categoria. 
Seguindo essa linha, o coletivo soteropolitano Dubstereo, projeto iniciado em 2006 pelo pesquisador musical, produtor e baterista Jorge Dubman, colhe os frutos. Formado pelos músicos Alan Dugrave (baixo), Gabriel Simon (teclados), Jardel Cruz (percussão), Ru$$o (vocal, escaleta e efeitos de kaos pad), Dimak (vocal), RasFael (vocal, e também artista plástico do 071 Crew // Art Graffiti, junto com Dimak), Raiz (som e efeitos), e o próprio Dubman, o pessoal do Dubstereo falou sobre sua trajetória, a cena no Brasil, projetos, lançamento do primeiro álbum do coletivo...

O QUE É O DUBSTEREO, E QUANDO E COMO SURGIU O COLETIVO?            
É um grupo formado por músicos de outros coletivos, também envolvidos com outros tipos de trabalho, como graffiti e sound system. O Dubstereo Sound realiza uma pesquisa de clássicos riddims jamaicanos buscando incorporar outros elementos locais/ globais ao som que produzimos. O pioneirismo do grupo em adotar vertentes variadas do reggae (new roots, dancehall, ragga, dub, steppa) e células de outros ritmos (afrobeat, rap, funk, samba-reggae) é o principal ingrediente que compõe essa mistura. O trabalho autoral traz um canto falado, que dá impressão de um “quase cantar”, com letras rimadas que falam do contexto social vivido por nós. O primeiro álbum do grupo trará um repertório baseado nesse “sincretismo”, onde a cultura jamaicana se mescla com a baiana, trazendo um resultado sonoro inédito, quando estamos tratando da produção musical feita no nosso estado.
O Dubstereo nasceu em Salvador, em meados de 2006. O projeto foi idealizado pelo baterista do grupo, Jorge Dubman, que realiza pesquisas sobre dub desde o início dos anos 90. Após experiência em um projeto anterior (Salvadub), onde ele trabalhou também com Alan Dugrave, decidiram dar continuidade ao processo de fazer a pesquisa e mostrar o resultado ao vivo. Jorge convidou Ru$$o, Fael e Raiz (todos do coletivo MiniStereo Público/ Sistema de Som Perambulante) a fazerem parte do grupo. Em seguida Jorge fez o convite ao tecladista Gabriel Simon, que fechou o formato de “power trio” (baixo, bateria e teclados) pensado para o Dubstereo. Jardel foi o único que se convidou para fazer parte, e foi bem aceito. Dimak foi o terceiro vocalista que incorporamos. Houve uma mudança com a chegada do tecladista Gabriel Simon (anterior à chegada de Jardel e Dimak), pois a proposta inicial era fazermos o som com baixo, bateria, efeitos de kaos pad e escaleta, sendo que Raiz atuava como seletor, fazendo recortes de músicas e introduzindo em momentos variados do show. Com a entrada do tecladista o enfoque do som ficou sob responsabilidade do “power trio”. Raiz passou a atuar como técnico de som, criando alguns momentos “dubwise” em nossa apresentação.
QUAIS OS TIPOS DE SOM TOCADOS PELO DUBSTEREO? E AS INFLUÊNCIAS?
Começamos tocando só dub, mas ao poucos foram incorporadas outras vertentes do reggae como: rockers e dancehall. Hoje o show do Dubstereo é divido em três momentos. Começamos com o dub, depois vem o rockers (ou roots, como queiram) e na passagem para o dancehall fazemos um medley instrumental, que vem chamando a atenção do público. Temos três toasters atuando como compositores, logo a maior parte do nosso repertório é autoral, em cima de clássicos riddims.
É complicado falar de influência, porque todos têm influências diversas. Mas gostamos de escutar Scientist, Jah Shaka, Mad Professor, Augustus Pablo, Lee “Scratch” Perry, Sly & Robbie, King Tubby, entre outros clássicos jamaicanos.

E EM RELAÇÃO ÀS PARCERIAS? COM QUEM O DUBSTEREO DIVIDE O PALCO?
Tocamos com algumas bandas do cenário reggae de Salvador, em lugares bem diferentes, já fomos da praia ao teatro. Uma coisa interessante e inusitada que aconteceu há pouco tempo, foi a nossa participação no Seminário Plano Nacional de Cultura, onde fomos convidados (Jorge Dubman e Ru$$o) a formar o Coletivo Armado, com músicos de outros grupos, para fazer uma peleja do ragga contra o repente, e na linha de frente da disputa estava o grande mestre do repente baiano,  Bule-Bule. Estamos nos apresentando semanalmente há seis meses, num projeto em parceria com o MiniStereo Público, a QUINTA DANCEHALL (link para vídeo no You Tube: http://br.youtube.com/watch?v=rk5rdUGqI6s). Esses encontros acontecem numa casa localizada no centro da cidade, a Zauber Multicultura. Temos um público de 350 pessoas aproximadamente, que vem sendo crescente e fiel. O objetivo desse projeto é formação de público para o gênero, mas tem sido de grande ajuda para divulgação do nosso som. Algumas participações especiais acontecem e muita gente interessante já viu o show. No último sábado (27/09), por exemplo, BNegão foi conferir o show que a gente fez no Lg. Pedro Archanjo, Pelourinho.
COMO É A CENA DO REGGAE NA BAHIA?

Em Salvador existem várias bandas, que vão do reggae rasta ao surf reggae. São em sua maioria independentes, muitas produzidas pelos próprios músicos, sem apoio/intervenção de empresários e/ou selos, e mesmo os artistas já reconhecidos nacionalmente estão produzindo seus próprios discos e agenda. Já se passaram 20 anos da gravação do primeiro álbum de reggae do Brasil, (Edson Gomes, Reggae Resistência, 1988) e pouca coisa mudou nesse sentido, mas em compensação, temos um cenário diversificado e forte. Uma coisa que nos chama atenção é que a maior parte das bandas sofre forte influência de Bob Marley. Em relação aos sistemas de som, aqui na Bahia é um fenômeno mais recente (pelo menos de reggae). O MiniStereo Público, primeiro sistema som da Bahia, surgiu há pouco mais de 5 anos, e hoje no interior da Bahia já existem alguns, na capital nasceram outros em 2008... 

Texto Daniela Pimenta












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