Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Wailing Souls


Os cerca de 42 anos de permanência na música reggae, fazem dos Wailing Souls, um dos mais antigos sobreviventes grupos de harmonias da história da Jamaica.
Como a maior parte dos conjuntos resistentes, a história começou e continua com o lead vocals, Winston “Pipe” Matthews, um dos protegidos de Joe Higgs, com quem aprendeu a cantar no início dos anos 60, ao lado dos Wailers
Ao seu primeiro grupo, The Schoolboys, seguiram-se em 1965 os The Renegades, trio que contava com outros dois alunos de Higgs, George “Buddy” Haye e Lloyd “Bread” McDonald.
Uma série de singles em conjunto com o virtuoso Ernest Ranglin, e outros tantos para o Studio One, fizeram dos Renegades um hit local, só superado pelos Wailers da época (colegas no Studio One, e para quem “Pipe” e “Bread”, por vezes, substituíam Peter Tosh e Bunny Wailer, quando estes faltavam aos ensaios…)
Todo esta experiência, cultivou as bases para aqueles que viriam a ser em 1968, os Wailing Souls, com a entrada de duas novas vozes a substituir a saída de “Buddy”.
Provavelmente o melhor período da história do grupo, seria recordado como este, quando em 1970, assinaram pela recém criada Tuff Gong label, onde foram gravados singles como Walk,Walk,Walk, onde os próprios Wailers, pelo nome de Tuff Gong AllStars, aparecem como banda de suporte.
A segunda metade dos anos 70, abalou e transformou os Wailing Souls…
As vozes de Oswald Downer e Norman Davis, que haviam entrada a colmatar a saída de “Buddy”, foram de nova substituídas pelo breve retorno do original Renegade, desta vez acompanhado pelo ex-professor Joe Higgs (que rapidamente se afastou para participar na tour norte-americana da estrela do momento, Jimmy Cliff…)
As mudanças não se ficaram por aqui, e com a entrada do ex-Black Uhuru, Rudolph “Garth” Dennis, a “aliança” aos Revolutionaries de Sly & Robbie e a entrada para o inovador Channel One de JoJo Hookim, os Wailing Souls ultrupassavam os tempos que ameaçaram a continuidade do grupo, e lançaram-se para a época dourada dos seventies jamaicanos com uma série de clássicos como “War”, “Jah Give Us Life” ou “Things & Times”, todos eles a causarem grande impacto na imergente cena consciente, roots jamaicana.
Para a habitual fuga aos tubarões da industria musical, o grupo fundou a Massive, label onde lançaram em 1977, “Bredda Gravalicious”, albúm de estreia a reunir muito do trabalho gravado até então.
A estreia com material original, aconteceria dois anos depois, com a primeira incursão internacional, através da Island Records, e “Wild Suspense”, álbum que viria a abrir o caminho para o retorno ao Channel One, agora com Junju Lawes…Ao lendário produtor juntaram-se novamente Sly & Robbie, desta vez com os in fashion Roots Radics, para gravar em 1980, “Firehouse Rock”, aclamada produção que faz parte de um restrito conjunto de eternos álbuns do roots reggae.
As “shifts in da dance” tiveram a sua grande influência nesta época, e inevitavelmente os Wailing Souls, depois da saída de Garth Dennis em 1983 para a reunificação dos Black Uhuru, aderiram á mudança….Mudança essa que passou pelos Estados Unidos da América, e pela saída definitiva de “Buddy”, deixando os Wailing Souls, “back to the roots”, com o duo original “Pipe” & “Bread”, a gravarem desde então, a grande parte da discografia dos Wailings Souls, num, para os fãs da sua vibe oldscholl, cada vez mais desorientador mix de roots moderno, dancehall, funk, R&B, Country…com cerca de 15 álbuns até ao mais recente “Souvenirs from Jamaica” (2003, Artists Only) de novo com Sly & Robbie…
As constantes mudanças de label, elementos do grupo e consequentemente estilos, quase que praticamente os eclipsaram do mapa da roots music nas últimas duas década, felizmente, os cada vez mais apetecíveis reissues, vão relembrando o som deste grupo, que é praticamente sinónimo com a evolução do reggae.
A mais recente dessas recuperações, da vibe que cimentou o nome dos Wailing Souls, “Most Wanted:Classic Cuts 1977-1984”, lançada pela Greensleeve Records, não é uma colecção crucial do som dos Wailing Souls (até porque os tempos de “Bredda Gravalicious” & “Wild Suspense” estão praticamente ausentes…), centrando-se sim no período evolutivo que os levou do roots profundo, até à entrada nas tendencias mais modernas do dancehall.
Os tempos do Channel One, estão contudo bem presentes na abertura deste “Most Wanted”, com a extended DJ mix version de “War”, (com Ranking Trevor num clássico DJ Style da nova geração dos eighties) e o perfeito exemplar do rockers caracteristico do Channel One “Jah Jah Give Us Life”.
“Firehouse Rock”, “See Baba Joe” e a fenomenal “Kingdom Rise & Kingdom Fall”, representam a segunda incursão no Channel One em 1980”Who No Waan Come” (produção de Linval Thompson dos mid-eighties), e as mais “raras” “Up Front”, “They Don´t Know Jah” ou “Diamonds & Pearls”, são outros dos bons temas deste “Classic Cuts”, que fecha com “War Deh Round A John Shop”, single que por altura de 1983, demonstrava já a tendência americanizada do que viria a ser o som dos Wailing Souls para o futuro…
Os “Classic Cuts” presentes, não fazem desta uma colectânea tão boa como as crucias “The Wailing Souls at Channel One”, ou “Wailing Souls at Studio One”, mas o seu “Most Wantedstyle, apresenta-nos, em praticamente todas as malhas, raras e previous unreleased, dubmix versions, que são o forte deste set…para os apreciadores…, e fazem deste lançamento muito mais do que o “Best of…”, crédito a que estranhamente a Greensleeves Records aderiu para a sua promoção…
Se ao ouvirmos a música dos Wailing Souls, torna-se evidente que estes a transformaram para se manterem na linha da frente, também é bastante claro que desde os tempos dos The Renagades, Little Roys, Atarra, The Classics ou Pipe & The Pipers (“apenas” alguns dos nomes que foram creditados em lançamentos dos Wailing Souls!!!), as vozes de Winston “Pipe” Matthews e Lloyd “Bread” McDonald, tudo fizeram ao longo dos tempos para manter a chama da sua paixão pela música, pela mensagem, e pela harmonia, bem acessa e pronto a ser transmitida ao mundo…quer no rough style das ruas de Trenchtown onde nasceram, quer nas dancefloors de Washington nos States….

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