Entre tantas paixões e amores um continua inabalável desde minha adolescência, quando ouvi pela primeira vez o baixo ao fundo desse ritmo mágico e cadenciado, que é o Reggae em sua essência. Nasci em Belém do Pará, então nada estranho, já que os ritmos que lideram por lá são esses mesmo os caribenhos, africanos e indigenas resultando em uma miscegenação de ritmos, aliás, meu pai adorava merengue, o ritmo, não a guloseima rsrsrs....Eu estava preparada ouvi a voz de Jah e sou fiel a ele desde então, e lá se vão 30 anos acompanhando tudo que se passa no universo Rastafari. Tenho muito orgulho desse meu lado reggaeira, sempre fui conhecida como a filha de Jah ou filha do Rasta, nicks que sempre usei na internet. Em agradecimento a tudo de bom que recebo de Jah resolvi reuni tudo o que a ele se refere em especial dou destaque a Robert Nesta Marley, cujas composições, sua biografia, enfim selou de vez esse pacto de amor que tenho com o Reggae. Quando meus filhos e amigos comungam comigo desse amor incondicional que tenho pela Jamaica, pela África e sua história de dor e preconceito, lágrimas me vêm aos olhos, saber que através de mim, outros estão tendo a oportunidade de conhecer, amar e respeitar os Rastas no sentindo mais amplo da palavra. Jah!!!

Rastafari I yeahaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Elsy Myrian Pantoja

Uma Filha de Jah

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

VÍRGINIA RODRIGUES



A cantora baiana Virgínia Rodrigues converte o samba em clássico e faz sucesso fora do Brasil

A história da cantora baiana Virgínia Rodrigues ficou tão conhecida internacionalmente que os jornalistas americanos a apelidaram de Cinderela brasileira. Ela calha à personagem da fábula: nasceu há 39 anos em Salvador, cresceu em uma favela, abandonou os estudos aos 12 anos e trabalhou como cozinheira e manicure. Seus pais, religiosos, levaram-na à igreja ainda criança. Ali, aprendeu a cantar de ouvido e passou a se apresentar em missas e casamentos. Quando já se conformava com o destino, veio o príncipe encantado. Era um conterrâneo: Caetano Veloso. O compositor descobriu-a há nove anos, contratou-a para o casting de sua gravadora, a Natasha, investiu na moça e a converteu em diva da MPB. Felizmente, o fenômeno não virou abóbora à meia-noite. Virgínia chega ao terceiro CD, Mares Profundos, coroada pelo sucesso no Exterior – embora ainda seja desconhecida em sua terra natal. Borralheiras não fazem milagre em casa.

Lançado em janeiro nos Estados Unidos, Mares Profundos chega ao Brasil nesta semana, com edição simultânea na Europa. O selo do álbum é o prestigioso Edge, da gravadora alemã Deutsche Grammophon, a mais tradicional da música erudita. A produção, claro, é de Caetano. O repertório é venerável: 11 afro-sambas compostos entre 1962 e 1966 pelo violonista Baden Powell (1937-2000) e pelo poeta Vinícius de Moraes (1913-1980). O programa fecha com o samba ‘Lapinha’ (Baden-Paulo César Pinheiro).

O CD apresenta uma evolução em relação aos primeiros trabalhos – Sol Negro (1997) e Nós (2000), ambos com boa recepção da crítica, mas marcados por certo exibicionismo endereçado a estrangeiros. Virgínia agora atinge a maturidade. Abandona floreios e indecisões para abraçar a técnica erudita. Seu disco pode ser ouvido como homenagem aos afro-sambas e profissão de fé na interpretação clássica. Ela inova ao abordar os sambas como crossover, o encontro do popular com o erudito. Isso num ano em que o mercado clássico murcha. A cantora tenta salvar a música erudita pelo samba. Obviamente, não consegue, mas produziu um belo álbum.

Acompanhada por um grupo de câmara em que estão presentes violão e percussão brasileiros, ela dá conta das composições. Sua voz de meio-soprano é precisa, e mergulha nas modulações e no conteúdo dos versos. Falta-lhe, talvez, uma dose maior de espontaneidade. Em muitos momentos ela soa como cantora de coral. Mas seu estilo não destoa do toque erudito que Baden e Vinícius imprimiram aos afro-sambas escritos sob o impacto do candomblé. A coleção põe em fusão bossa nova, jazz e atabaques. Essas músicas marcaram a MPB dos anos 60. Foi então que ‘Canto de Ossanha’ e ‘Berimbau’ se consagraram na voz de Elis Regina. Na de Virgínia, tornam-se árias delicadas, dignas de palcos de ópera e altares.

É um repertório difícil. Baden, com seu timbre de corda estalada, gravou-o mal no fim da carreira, e Mônica Salmaso iniciou a sua em 1995 enfrentando a coleção em alto estilo. A cantora baiana arriscou outro rumo, revelando a dimensão sagrada dos afro-sambas. Mantém o encanto que exibia nos tempos de principiante, sem deixar de ampliar seus horizontes, do pop ao clássico. E não poderia prestar homenagem mais apropriada a uma das bíblias da canção brasileira.



Fonte: Revista Época



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